E o Verão continua Firme e Forte!

Por Cristhiane Silva Pinto*

Queridos pacientes e leitores de nosso blog, aqui estamos novamente para falar sobre um assunto diretamente ligado ao verão e ao calor, como na minha publicação passada. Hoje vamos falar de câncer de pele. Não tenho a intenção de fazer um texto altamente científico, porém esse é um assunto bastante sério, muitas vezes subvalorizado pela população em geral e até pelos próprios profissionais da saúde.

O câncer de pele é dividido em melanoma e não-melanoma, hoje, falaremos apenas do segundo tipo, mais relacionado à exposição solar. O câncer da pele não-melanoma é o mais prevalente no Brasil, com 182.130 novos casos previstos para 2014 (98.420 em homens e 83.710 em mulheres), segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Como todo o câncer, é ocasionado pelo crescimento anormal e indiscriminado das células do órgão, no caso, a pele. Pode ser dividido em Espinocelulares e Basocelulares, de acordo com a camada e o tipo de célula acometido.

O maior fator de risco ligado ao surgimento desse tipo de câncer é a exposição excessiva aos raios solares (principalmente à radiação ultravioleta). Câmaras de bronzeamento artificial, amplamente divulgadas pelo avanço desenfreado da estética acima de tudo, também são comprovadamente deletérios à integridade da pele e causadores desses tipos de tumor.

A meu ver, a maior dificuldade em fazer um diagnóstico precoce desses tumores, o que está drasticamente ligado ao prognóstico, é a pouca importância que as pessoas dão às manchas ou lesões suspeitas. Normalmente procuramos o médico por algo que nos incomoda, causando dor ou desconforto. As lesões de pele só geram esses sintomas após muito tempo de evolução e um estágio mais avançado.

A melhor forma de se prevenir é evitar a exposição solar sem proteção e nos horários de maior incidência dos raios (o que varia com o local do planeta e a época do ano na qual nos encontramos). Usar filtros e bloqueadores, chapéus e óculos escuros também tem se mostrado eficazes.

É possível sim pegar uma cor saudável no verão, afinal, ninguém quer morar no Rio de Janeiro e parecer um “bicho de goiaba”, o sol nos fornece energia e aumenta nossos índices de neurotransmissores cerebrais, proporcionando alegria e sensação maior de bem estar. Mas tudo em demasia acaba sendo prejudicial, e foi exatamente isso que quis passar para vocês.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia apresenta informações muito interessantes sobre o assunto em seu site (http://www.sbd.org.br/), que vale a pena conferir. Além disso, têm uma régua que avalia a propensão individual de desenvolver um câncer de pele e que é bastante interessante (http://www.sbd.org.br/calculadora-de-risco-de-cancer-da-pele/).

Agora vou me despedindo por hora, afinal, a praia me espera, com chapéu, guarda-sol, óculos e muito filtro solar!!

*Cristhiane Silva Pinto é médica especialista em Cuidados Paliativos e Bioética. Atua nas Unidades de Cuidados Paliativos do INCA e da OncoVitae.

Sobre oncovitae

Clínica de oncologia em Botafogo, Campo Grande, Madureira e Tijuca - Rio de Janeiro. Consultas oncológicas, cururgia oncológica, quimioterapia, psiconcologia, nutrição oncológica. Convênio ou particular.

2 Respostas

  1. Muito boa a sua descrição do Câncer de Pele com todo esse sol que o ser humano gosta, eles se torram e nem sabem o perigo que estão passando, além de envelhecer mais rápido. Eu comumente não gosto de sol muito quente em cima da minha pele, sou mais da sombra e água fresca. Beijos

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